Raio-X do Prêmio Qualidade Flexo 2025: dados revelam hegemonia no papelão ondulado e disputa técnica em flexíveis

Após a análise dos 170 troféus entregues na última edição do Prêmio Qualidade Flexo Professor Sergio Vay, os dados desenham um mapa claro do atual cenário da flexografia no Brasil. Os resultados de 2025 expõem dois movimentos distintos de mercado: uma concentração de resultados no segmento de Papelão Ondulado e uma pulverização técnica altamente competitiva na Banda Larga (Embalagens Flexíveis).
Abaixo, dissecamos os números que definiram os grandes vencedores da noite.
O Quadro de Medalhas: Volume e Consistência
Na análise quantitativa, duas empresas se destacaram ao atingir a marca de 11 prêmios no total (somando Ouro, Prata e Bronze), demonstrando consistência em múltiplos processos.
A Penha liderou o ranking de troféus de Ouro, conquistando 11 estatuetas de primeiro lugar. O desempenho aponta para uma dominância técnica no segmento de Papelão Ondulado. Logo em seguida, a Chic Embalagens garantiu 7 Ouros (de um total de 11 prêmios), consolidando sua posição no segmento de Banda Larga, especialmente em categorias de alimentos.
Outros destaques em volume de premiações incluem a Pamplastic, com 7 prêmios totais (sendo 4 Ouros), e empresas como Labelcolor e Plastrela, que subiram ao pódio 5 vezes cada. No nicho de impressão digital e sleeves, a VR Label e a Centerplast (focada em Pet Food) garantiram 3 Ouros cada.
Análise Setorial
Papelão Ondulado: Padronização em Alta Os dados mostram um cenário de hegemonia da Penha neste setor. A empresa venceu nas principais categorias técnicas — Traço, Reticulado, Cromia, Branco e Pardo. Para o especialista técnico, isso indica um nível de controle de processo e padronização que se sobressaiu em relação à média das amostras concorrentes neste ano.
Banda Larga: O Campo Mais Disputado Diferente do papelão ondulado, o setor de embalagens flexíveis apresentou uma divisão de forças por nichos de mercado:
• Chic Embalagens: Obteve os melhores resultados em Alimentos (Doces, Pães, Massas e Bebidas).
• Pamplastic: Liderou as categorias de Snacks e Industrial.
• Centerplast e Plastrela: Mostraram força técnica nos segmentos de Pet Food e Higiene.
Banda Estreita e Digital: A Evolução do Rótulo A conversão digital e os rótulos termoencolhíveis (sleeves) ganharam relevância. A VR Label obteve o melhor desempenho técnico, levando o prêmio máximo de “Top em Conversão Digital”, com a Labelcolor e a Grafimax também figurando entre os destaques da modalidade.
Inovação, Sustentabilidade e Técnica
O júri técnico também avaliou quesitos que vão além da qualidade de impressão tradicional.
• Sustentabilidade: O prêmio principal ficou com a Penha, pelo case “Consumo Repensado”, que abordou o ciclo do produto. A Totalflex garantiu a segunda posição com uma embalagem para sabão em pó, categoria que exige barreiras de proteção complexas.
• Gama Expandida: A Pamplastic levou o Ouro nesta categoria. A aplicação bem-sucedida desta técnica — que permite imprimir mais cores sem o uso de tintas especiais (Pantone) — sinaliza uma maturidade técnica importante para a redução de custos e tempo de setup (acerto de máquina).
• Inovação: A Chic Embalagens venceu com o “Projeto Temperos”. Entre os fornecedores, a Teruel foi destaque com o equipamento “Clean Film 200”.
Os “Top in Flexo”: As Maiores Pontuações do Ano
Os prêmios máximos do evento, concedidos aos trabalhos que obtiveram as maiores notas absolutas dos jurados em seus respectivos segmentos, foram:
• Top em Papelão Ondulado: Penha (Case: Milho de Ouro Lobits)
• Top em Banda Larga: Chic Embalagens (Case: Pão de Alho Menucini)
• Top em Banda Estreita: Labelcolor (Case: Evil Clown Pre Workout)
• Top em Conversão Digital: VR Label (Case: Mai Hair Finishing)
O evento também registrou a força da flexografia internacional, com a britânica Roberts Mart vencendo em categorias de flexíveis, ao lado de Curex e Scatolificio, ampliando o escopo técnico da premiação.