Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis cresce no 1º Semestre de 2025

A indústria brasileira de embalagens plásticas flexíveis demonstrou fôlego e capacidade de superação no primeiro semestre de 2025. Segundo dados da pesquisa da Maxiquim, encomendada pela ABIEF (Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis), o setor registrou um crescimento de 0,8% em volume de produção em comparação com o mesmo período de 2024.

Embora o número pareça modesto à primeira vista, ele sinaliza uma importante resiliência do setor diante de um cenário econômico ainda desafiador. Na prática, essa alta representa estabilidade e uma demanda consistente, puxada principalmente pela indústria de alimentos.

Desvendando os Números do Setor

Para entender o panorama completo, é preciso ir além do percentual de crescimento. Vamos analisar os principais indicadores:

  • Produção em Valor: O faturamento do setor atingiu R$ 22,1 bilhões nos primeiros seis meses do ano, um aumento de 2,5% em relação ao primeiro semestre de 2024. Isso indica que, além de produzir um volume ligeiramente maior, o setor conseguiu agregar valor aos seus produtos.
  • Geração de Emprego: O otimismo se reflete também no mercado de trabalho. A indústria de flexíveis abriu 1.500 novos postos de trabalho no primeiro semestre, elevando o total de empregados diretos para 236.500 pessoas.
  • Capacidade Instalada: O nível de utilização da capacidade instalada manteve-se estável em 68%, um patamar considerado saudável e que demonstra uma operação equilibrada, sem ociosidade excessiva.

Analisando o desempenho trimestral, o segundo trimestre de 2025 foi particularmente positivo, com a produção crescendo 2,1% em volume na comparação com os três primeiros meses do ano.

O que isso significa para o mercado?

Rogério Mani, presidente da ABIEF, destaca que os resultados, embora não espetaculares, são animadores. “Os números mostram a força e a essencialidade do nosso setor. A embalagem flexível está intrinsecamente ligada a produtos de consumo básico, como alimentos e itens de higiene, o que garante uma demanda mais estável mesmo em tempos de incerteza econômica”, explica.

Essa performance positiva, segundo Mani, reforça o papel crucial da indústria como um termômetro da atividade econômica e do poder de consumo da população. O crescimento, ainda que gradual, é um indicativo de que a roda da economia continua a girar.