Raio-X Pini 2025: Dados revelam o domínio do livro de luxo, a força da embalagem paranaense e a tecnologia por trás dos campeões

A festa acabou, os brindes foram feitos, mas o que os números do 33º Prêmio Fernando Pini realmente dizem sobre o estado da arte da indústria gráfica brasileira? Olhando para a lista fria de vencedores, padrões claros emergem. Não foi apenas uma entrega de troféus; foi a confirmação de tendências de mercado que separam quem apenas imprime de quem define o jogo.

Nossa equipe mergulhou nos dados da premiação para dissecar o que está por trás das vitórias. Confira a análise:

1. A Hegemonia Editorial da Ipsis

Se alguém tinha dúvidas de que o impresso de luxo vive sua era de ouro, a Ipsis tratou de encerrar a discussão. A gráfica não apenas venceu; ela estabeleceu uma dinastia na noite, levando para casa impressionantes 15 troféus.

O domínio foi absoluto nas categorias mais nobres do editorial: “Livros de Texto” , “Livros de Arte” , “Livros Institucionais” e até “Livros Infanto-Juvenis”. O recado do mercado é claro: em um mundo digital, o livro físico sobrevive e prospera como objeto de desejo, onde o acabamento e a precisão técnica são inegociáveis.

2. A “Batalha” das Máquinas: Koenig & Bauer é a escolha do Offset

Nos bastidores da indústria, a disputa tecnológica é sempre acirrada. No entanto, o veredito dos jurados apontou uma preferência técnica clara no coração da produção gráfica.

Enquanto a Heidelberg garantiu os prêmios nas pontas do processo — vencendo em “Equipamentos de Pré-Impressão” e “Equipamentos de Acabamento” —, foi a Koenig & Bauer quem conquistou o troféu mais cobiçado da engenharia alemã: o de “Fabricantes de Equipamentos de Impressão Offset”. Para o mercado de alta performance, a tecnologia K&B se reafirma como a ferramenta decisiva para quem busca a excelência na impressão plana.

3. O Polo Paranaense e a Engenharia da Embalagem

O Paraná provou que é um dos grandes celeiros da criatividade gráfica nacional. A Corgraf foi o grande destaque da região, acumulando 6 troféus e consolidando-se como a segunda maior vencedora da noite.

Mas o que chama a atenção não é apenas a quantidade, e sim a sofisticação. Vencendo na categoria “Complexidade Técnica do Processo”, a gráfica mostrou que a embalagem promocional deixou de ser apenas um recipiente para se tornar uma peça de engenharia complexa, essencial para a experiência do consumidor.

4. Rotativas: O Reino da Plural

Quando o assunto é escala e velocidade sem perda de qualidade, a hierarquia permanece inalterada. A Plural Indústria Gráfica garantiu 5 troféus, mantendo sua hegemonia no segmento de rotativas.

Dominando categorias cruciais como “Revistas em Geral (Rotativa Heatset)” e “Jornais Diários”, a Plural reafirma que, para grandes tiragens, a sua planta industrial continua sendo a referência de eficiência e padronização no Brasil.

5. Monopólio no Substrato

Para imprimir um trabalho premiado, a escolha do papel é o primeiro passo. E, segundo o Pini 2025, essa escolha tem marca registrada. A Fedrigoni monopolizou as categorias de substratos, levando 4 prêmios: “Fabricantes de Cartão” , “Papéis Autoadesivos” , “Papéis Finos Especiais” e “Papéis Revestidos”. Uma validação massiva de que a base de um impresso de excelência começa, invariavelmente, pelos produtos da fabricante.


Onde ver tudo isso ao vivo?

Ler sobre essas tecnologias é inspirador, mas ver essas máquinas rodando e tocar nesses papéis é o que gera negócios.

Toda a tecnologia premiada na noite do Pini, das máquinas offset da Koenig & Bauer aos acabamentos da Heidelberg e substratos da Fedrigoni, estará reunida no maior palco da indústria nas Américas.

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